quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Poema - Fantoches (História)

Devo dizer uma coisa
Uma coisa bem verdadeira
Sou o chefe do cangaço
Dessa nação brasileira


Muito tempo sem comida 
Saímos logo a caçar 
Qualquer presa serviria 
Para a fome saciar


Um cheiro veio de longe
E veio se aproximando
Vimos logo: É um porco!
O pobre está nos chamando.


Na moita nos escondemos
Para pegar o danado
Eta porquinho cheiroso
Tô ficando alucinado!


Vem para perto, vem bichinho
Mas venha de olho fechado
Pois logo tu virará comida
De nós pobre coitado.


E por fim ele chegou 
O facão  já fui pegando 
Um tigre veio pulando
Já fomos nos afastando. 


Veio proteger seu amigo
O tal do porco cheiroso
E esse ilustre tigre 
Me deixou bem furioso


Tivemos que nos afastar
Fingir que fomos embora
Pensamos em outro plano
Atacar em outra hora


Deixamos pro dia seguinte 
Foi logo ao entardecer
Daremos cabo dos dois
Esse dois terão que morrer.


E já na calado da noite.


O tigre estava ali
Tentávamos caçá-lo
Céu senão 
Ele nos caçaria


O cangaceiro estava na floresta
Tentando pegar o tigre 
Quando o viu
Ele o abocanhou


Um outro cangaceiro
Tambem estava na floresta
Viu uma coisa atrás 
Na árvore! 
Era o tigre e o comeu.


Naquela aldeia
Tudo ficou triste
Daquele tigre
Ninguem resiste
Mais que dia mais triste


Todos se foram em vão 
Um dia, 
dele se vingarão
Um dia,
a carne dele pegarão


Só restou os ossos e as espadas
As almas deles,
subindo as escadas
E alguém esperando a suas chegadas.

Victor7D 31

Oswaldo Goeldi - Joon - 7d - n15

       Oswaldo Goeldi nasceu em Rio de Janeiro. Foi gravador, ilustrador, desenhista e professor. Ele estuda na engenharia da Escola Politécnica, porém não o terminou. Então ele foi até a Ecole des Arts et Métiers [Escola de Artes e Ofícios], porém abandona o curso por julgá-lo demasiado acadêmico. Então decide passar a ter aulas no ateliê dos artistas Serge Pahnke (1875 - 1950) e Henri van Muyden (1860 - s.d.).
       No mesmo ano, realiza a primeira exposição individual, em Berna, na Galeria Wyss, quando conhece a obra de Alfred Kubin (1877 - 1959), sua grande influência artística, com quem se corresponde por vários anos.
       Em 1923, conhece Ricardo Bampi, que o inicia na xilogravura. Na década de 1930, lança o álbum 10 Gravuras em Madeira de Oswaldo Goeldi, com introdução de Manuel Bandeira (1884 - 1968), faz desenhos e gravuras para periódicos e livros, como Cobra Norato, de Raul Bopp (1898 - 1984), publicado em 1937, com suas primeiras xilogravuras coloridas. Em 1941, trabalha na ilustração das Obras Completas de Dostoievski, publicadas pela Editora José Olympio. Em 1952, inicia a carreira de professor, na Escolinha de Arte do Brasil, e, em 1955, torna-se professor da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro, onde abre uma oficina de xilogravura. Em 1995, o Centro Cultural Banco do Brasil realiza exposição comemorativa do centenário do seu nascimento, no Rio de Janeiro.
       A partir de 1923 dedicou-se intensamente à xilogravura e fez ilustrações para revistas, livros e periódicos. 

Algumas obras: 


Cobra Norato, de Raul Bopp (1898 - 1984),


Céu Vermelho


Chuva 

Sites: 

Xilogravura - Thomas nº 29


Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida usa-se um rolo de borracha embebecida em tinta tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de variações dentro da técnica, como a xilogravura de topo.

A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média. No século XVIII duas inovações revolucionaram a xilogravura. A chegada à Europa das gravuras japonesas a cores, que tiveram grande influência sobre as artes do século XIX, e a técnica da gravura de topo criada por Thomas Bewick
No final do século XVIII Thomas Bewick teve a idéia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção em massa de imagens pictóricas. Mas com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia a xilogravura passa a ser considerada uma técnica antiquada. Atualmente ela é mais utilizada nas artes plásticas e no artesanato.

A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel. Quase todos os xilografos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.

Aqui estão algumas obras:











Francisco Maringelli







Carlos Henrique Antunes Arraes Calvo Sanz 07 7D




Francisco José Maringelli nasceu em sao paulo em 1959. Gravador, xilógrafo, professor. Frequentou curso livre do ateliê de pintura e gravura do Museu Lasar Segall, entre 1980 e 1981. Formou se  pela Escola de Comunicações e Artes  em 1984 e pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo , em 1989, as duas da Universidade de São Paulo. Ministra oficina de gravura no Museu da Gravura de Curitiba, em 1985, e na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo, em 1989 e 1996. Participou do projeto Oficinas Culturais de Bairros entre 1990 e 1991. Em 1994, recebeu Bolsa Vitae  para desenvolvimento do projeto Grandes Formatos na Gravura em Relevo.Realizou curso de gravura em relevo no Centro Universitário Maria Antônia/USP , em 1999-2000.
Francisco ganhou mais de 10 prêmios e gostava de trabalhar em sua própria casa.

Suas produções em artes são voltadas a gravura, com ênfase em xilogravura, linoleogravura, calcografia e pintura.


Essas são algumas famosas obras dele : 







segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Literatura de Cordel - Lucas - 21 - 7º ano D

Literatura de Cordel  




        Literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura.



Xilogravura de Cordel

  
       O nome dado, é devido sua exposição que era feita ao público, penduradas em cordões e mostradas em mercados ou até nas ruas.




       A literatura de cordel, foi trazida para o Brasil, pelos portugueses, e até hoje podemos encontrar esse tipo de literatura, principalmente na região Nordeste.

       Normalmente o comércio do Cordel é feito por seus próprios autores, e são bem aceitos pela população, pois o texto trata de assuntos do cotidiano e geralmente são bem humorados. 
       Muitos assuntos como política, festas, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc, são tratados na literatura de cordel. 

      Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados por violas, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

      A história da literatura de cordel começa com o romanceiro do Renascimento, quando iniciou a impressão de relatos tradicionalmente orais feitos pelos trovadores medievais e desenvolve-se até a Idade Contemporânea.

      A vida do cangaceiro Lampião e o suicídio do presidente Getúlio Vargas, foram os assuntos que mais venderam no passado.


Fonte:


http://wikipedia.com.br
http://suapesquisa.com
      






     

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Jose Costa Leite-victor 7d 31

José Costa Leite nasceu em 27 de julho de 1927, em Sapé (Paraíba). Diz que nunca freqüentou a escola, tendo aprendido a ler soletrando folhetos de cordel.
Em 1938, muda-se com a família para Pernambuco, fixando residência em Condado, cidade onde mora até hoje. Ainda criança, trabalha nas plantações de cana-de-açúcar e faz seus primeiros versos imitando o cordel.
Em 1947, começa a vender folhetos nas feiras do interior e, em 1949, publica seus primeiros títulos: Eduardo e Alzira e Discussão de José Costa com Manuel Vicente. Logo em seguida, tenta ser  xilógrafo, gravando na madeira a imagem que ilustra seu terceiro título, O rapaz que virou bode. Torna-se, assim, um profissional versartil, exercendo todas as atividades ligadas à literatura popular: é poeta, editor, ilustrador e continua a vender folhetos, de feira em feira.
Suas xilogravuras ilustram inúmeros folhetos – seus e de outros poetas – e ganham status de obra de arte a partir dos anos 1960, quando passam a ser publicadas em álbuns e expostas em museus, no Brasil e no exterior: em 2005, José Costa Leite é o convidado especial de uma exposição realizada no Musée du Dessin et de l’Estampe Originale de Gravelines (França), onde também dá ateliês de xilogravura.
Ao completar 80 anos, em 2007, foi homenageado na Paraíba, juntamente com o escritor Ariano Suassuna, e recebe o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, reconhecimento máximo de um artista de múltiplos talentos, que fez da poesia e da beleza a matéria-prima de seu trabalho.
fotografia de Jose Costa Leite.

folheto de cordel feito por Jose Costa Leite.





fontes

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=369&Itemid=189

http://www.nacaocultural.pe.gov.br/jose-costa-leite-xilografo-patrimonio-vivo-de-pernambuco