quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Poema - Fantoches (História)

Devo dizer uma coisa
Uma coisa bem verdadeira
Sou o chefe do cangaço
Dessa nação brasileira


Muito tempo sem comida 
Saímos logo a caçar 
Qualquer presa serviria 
Para a fome saciar


Um cheiro veio de longe
E veio se aproximando
Vimos logo: É um porco!
O pobre está nos chamando.


Na moita nos escondemos
Para pegar o danado
Eta porquinho cheiroso
Tô ficando alucinado!


Vem para perto, vem bichinho
Mas venha de olho fechado
Pois logo tu virará comida
De nós pobre coitado.


E por fim ele chegou 
O facão  já fui pegando 
Um tigre veio pulando
Já fomos nos afastando. 


Veio proteger seu amigo
O tal do porco cheiroso
E esse ilustre tigre 
Me deixou bem furioso


Tivemos que nos afastar
Fingir que fomos embora
Pensamos em outro plano
Atacar em outra hora


Deixamos pro dia seguinte 
Foi logo ao entardecer
Daremos cabo dos dois
Esse dois terão que morrer.


E já na calado da noite.


O tigre estava ali
Tentávamos caçá-lo
Céu senão 
Ele nos caçaria


O cangaceiro estava na floresta
Tentando pegar o tigre 
Quando o viu
Ele o abocanhou


Um outro cangaceiro
Tambem estava na floresta
Viu uma coisa atrás 
Na árvore! 
Era o tigre e o comeu.


Naquela aldeia
Tudo ficou triste
Daquele tigre
Ninguem resiste
Mais que dia mais triste


Todos se foram em vão 
Um dia, 
dele se vingarão
Um dia,
a carne dele pegarão


Só restou os ossos e as espadas
As almas deles,
subindo as escadas
E alguém esperando a suas chegadas.

Victor7D 31

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